sexta-feira, 4 de maio de 2012

Bagunça.

Esses dias revirando algumas gavetas, pastas e lembranças, me apareceu aquela imagem de você me arrastando pro meio da rua, no meio do temporal, eu relutando, e você insistindo, foi quando deixou que a saliva e a água da chuva se misturarassem, se incorporarassem, nos completassem. Quase posso ouvir os garçons mal educados daquele bar que você adora gritando que não iriamos entrar lá molhados daquele jeito, as velhinhas comentando entre si que pegariamos uma pneumonia e meia dúzia de patricinhas rindo dos nossos cabelos e roupas molhadas. Foi quando você nos separou e gritou, gritou até seus pulmões esvaziarem e cansarem, gritou todo o amor que tinha dentro de você. Gritou tanto, que o amor escapou.. acabou.

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